Tuesday, June 5, 2007

Afinal em que ficamos???!!!

Uma mulher não é tão boa como uma concubina, uma concubina não é tão boa como uma amante e uma amante não é tão boa como um affair.”

“O homem não é infiel, apenas tem caprichos passageiros”…

Um destes dias uma amiga surpreendeu-me ao dizer que o marido a traía. O que é mau. Mas para piorar a traição acontecia com uma outra colega do grupo.
Fiquei abismada.
Primeiro porque não suspeitava que entre o círculo de amigos pudesse haver tal traição. Depois porque nunca me tinha apercebido que houvesse problemas no casamento de nove anos deles.
O certo é que ele conseguiu fazer a proeza de lhe dizer que não se tratava de uma traição. Imaginem… não era traição mas sim um capricho passageiro.

Será que se fosse o contrário era aceitável a desculpa de capricho passageiro? Não me parece.

Afinal o que querem os homens das mulheres, sim das oficiais.

Sendo ambíguo o conceito de «boa», tomá-lo-ei por mulher que ao macho apetece tirar da vertical e dela experimentar as delícias na horizontal.
Que é como quem diz, em qualquer posição.

Assim ele que aguente, porque se a prosápia masculina existe, quão longínqua está, as mais das vezes, do factual.

Evitemos beliscar-nos pelo insuficiente fascínio aos olhos dos nossos homens.

Eles estimam-nos como bastiões da retaguarda que os referencia, e, ao dizerem amar-nos enquanto inventam o desaguar das coxas da secretária, são leais.

As respectivas são amadas em doméstica quietude com ardor diminuído pelo hábito e legitimidade.

As outras prometem viagem de circum-navegação.
Oceanos de emoções. Marés altaneiras. Mar-chão e neblina incómoda se for cometido o erro da regularidade.

A andança em círculo, tão prezada por tantos, esquece o fundamental – o cansaço das legítimas. Família, casa, profissão, interlúdios com amigas, profissão, casa, família e companheiro desligado do caldo rotineiro dão fartança:

De homens em primeiro lugar.

De falta de amor-romântico.

De insuficiência de sexo vulcânico – o da camisa para cima e pijama para baixo conhecem bem demais.
Germina o afastamento do marido-vegetal.

E, sem que a idade iniba a decisão, o divórcio anuncia (re) começos.

Afinal, quantos de nós desejam ou aceitam vidas de pasmaceira, para não usar um outro vocábulo.

E depois há o apimentar da relação… há quem lhe chame - adultério

No entanto, do ponto de vista puramente psicológico, torna-se sem dúvida mais grave o adultério da mulher.

Quase sempre, a infidelidade no homem é fruto de capricho passageiro ou de um desejo momentâneo.

O seu deslize não afecta de modo algum o amor pela mulher.

O adultério da mulher, ao revés, vem demonstrar que se acham definitivamente rotos os laços afectivos que a prendiam ao marido e irremediavelmente comprometida a estabelecida estabilidade do lar.

Para o homem uma ligação passageira não tem significado sentimental ao passo que para mulher tem.

Além disso, os filhos do adultério que a mulher venha a ter ficarão necessariamente ao cargo do marido, o que agrava a IMORALIDADE, enquanto os dos maridos com a amante jamais estarão sob os cuidados da esposa.

Por outras palavras, o adultério da mulher transfere para o marido o encargo de alimentar prole alheia, ao passo que não terá essa consequência o adultério do marido.

Por isso, a sociedade encara de modo mais severo o adultério da primeira

CONCLUSÃO: O homem não é infiel, apenas tem "caprichos passageiros".
Será preciso dizer mais??!!!

11 comments:

Anonymous said...

muito bem meninas, estiveram deveras muito bem neste texto.
Amulher se é adúltera é cruxificado. E os homens? Porque é que tem sempre que haver justificações para as traições deles. Seja com amigas ou desconhecidas não deixa de ser traição. Há que haver um basta. Se traiem têm que ter as mesmas conatações que po~em nas mulheres.

Anonymous said...

Antes de mais parabéns por esta dissertação. Sou homem e concordo plenamente com o que as Meninas dizem. De facto o homem quando trai tem sempre mil desculpas e explicações, o mesmo não se passa com as mulheres. Mitos e preconceitos da nossa sociedade que continua a favorecer os machos. Isto não significa que seja justa ou que concorde, bem pelo contrário.
Neste texto conseguem ser menos directas no ataque aos homens, e desta vez trata-se de um justo ataque. Justo e justificado.
Parabéns e continuem

Anonymous said...

O que poderei dizer sobre este assunto. Quase nada porque está quase tudo dito e muito bem explicado. Antes de mais digo que sou mulher e que já fui traída. E de facto o então meu companheiro também me veio com a justiicação que foi um escape, um deslize, ou mesmo um capricho passageiro. Mas estamos a brincar? A nós mulheres pedem tudo e mais alguma coisa e aos homens até quando vamos continuar a permitir que nos espezinhem, que façam de nós um bronquedo que podem usar enquanto lhes apetece e depois podem deitar forta. Há SENTIMENTOS em jogo. No entanto, muitos homens, não todos, continuam a fazer questão de os ignorar. Tem que ser dado o BASTA.

Anonymous said...

Parece-me que após o desvario e o devaneio narcisico-fêmea, de botox no preconceito, sentido de cabeleireiro e argumentação de salto alto para se fazer ouvir, há algo de excelência nestas linhas. Algo de feminino, pois isto de ser feminino é mais um estado de espírito que uma condição social. Isto que li é de um ser mulher, o género humano sem género sexual. Que nunca te falte o nívea, miúda!

Rock Santeiro

Anonymous said...

Tenho que dar a mão à palmatória, estiveram muito bem nesta temática.
Os factos retratados correspondem à realidade. Mas também temos que ver que esse foi um estatuto ganho pelo homem, o da supremacia

Anonymous said...

Ao ler este texto parei para pensar na questão que confesso nunca me tirou o sono. E de facto o que fariam os homens se soubessem que a sua mulher, a legitima, andava a fazer a mesma coisa que ele?
Responderia o que ele responde... (isto é para aliviar a tensão) ou sentiria a tal dor de corno...
Pensem nisso homens

Anonymous said...

Confesso que à medida que vou lendo os vossos textos vou ficando agradavelmente supreendido ao ponto de me atrever dizer que vos gosaria muito de conhecer.
Voces devem ser ainda melhores em pessoa

se quiserem basta darem-me uma dica

Anonymous said...

Traição... Adultério...Palavras fortes, que neste texto mais parecem saídas de um drama de Shakespeare!
Já a dizia a minha mãe, do alto da sua sabedoria simples, construída ao longos dos seus muitos anos, "quem procura fora, é porque não tem em casa".
E isto tanto serve para as mulheres ou para os homens. E então aparece o conceito de traição, adultério... Palavras fortes, não acham? Mas, neste contexto, o que é trair? É não cumprir um qualquer contrato escrito vitalício entre dois seres humanos, contrato esse criado apenas para protecção de um modelo estereotipado de sociedade? E quem não acompanha o seu companheiro(a) com o mesmo ardor de antes, quem agora troca o companheiro(a) pelo trabalho, pelos amigos, pelos hobby's e até pelos filhos, esquecendo tantas juras de paixão eterna, tantas horas passadas juntos em completa cumplicidade que não eram trocadas por nada deste mundo?! Não está este também a trair? Não é esta a traição, leia-se pecado, original?
E é neste ponto que, de facto, as mulheres ficam a perder. Mas ficam a perder, por causa da outra face da moeda que elas ajudaram a construir! è ou não verdade que as mulheres fazem gáudio de que os homens para se realizarem sexulamente com uma mulher não precisam de amor, ou de qualquer outra coisa mais transcendental? Ao contrário, deizem elas, e alguns eles, que as mulheres precisam de mais qualquer coisa que o simples desejo.
Os pescadores quando amarram o barco, deixam sempre uma certa folga, pois as variações da maré podem esticar os cabos e provocar o seu afundamento ou, pelos menos, danifica o casco...
Dêem um pouco de folga nas vossas amarras da vida... Se não correm o risco de se partirem uma atrás da outra, ou correm o riso de afundar.
Pensem nisso...

P.S.: "Evitemos beliscarmo-nos pelo insuficiente fascínio aos olhos dos nossos homens."
Muito profundo, mas...

Don't horry, be happy!

Anonymous said...

Eis um tema que daria para escrever e dissertar muito. Tudo na vida tem um porquê. O porquê do homem trair, o porquê da mulher, a legitima, não gostar. O porquê das mulheres traírem os homens e os homens reagirem violentamente.
Tudo na vida tem um porquê. Sim, por vezes o melhor é nem analisar os porquês e continuarmos a viver num faz de conta. No faz de conta que somos todos fieis, no faz de conta que somos felizes e que as traições não existem. É que por vezes os ditos caprichos passageiros, salvam relações, sim as oficiais. É o velhinho ditado: Há males que vêm por bem.

Anonymous said...

Antes de tudo, os meus parabéns pelo blog. Fazia falta mais uma voz feminina no meio deste mundo "másculo" e com tão poucos miolos...
É claro que não poderia estar em desacordo com o que aqui foi dito.
Eu própria também sinto na pele isto que aqui foi dito. Antes (durante o namoro e primeiros anos de casamento) eram só loas e ossanas, agora o meu marido só pensa em trabalho, dormir e até, por vezes, nos amigos...
O pouco tempo que sobra, é para o filho.
A nossa vida limita-se a ver-mo-nos pouco, a falar ainda menos, e a fazer companhia nos jantares de natal da empresa e, de vez em quando, fins de semana mais ou menos radicais também promovidos pela empresa, em que não fica bem comparecer sózinho.
É muito pouco.
Resta-me o aconchego da casa e o filho, porque lamentavelmente não tenho emprego.
Fica aqui mais um alerta para todas as mulheres, tenham mais coragem do que eu.
Mais uma vez, parabéns, e bem ajam.

Anonymous said...

Primeiramente não vou dar parabéns é porra nenhuma!
Porquê tirando a introdução, a dissertação sobre "CAPRICHO PASSAGEIRO" é toda extraída do Livro do Doutrinador Jurídico WASHINGTON MONTEIRO DE BARROS, DIREITO DE FAMÍLIA, Volume 2, Página 117.
Por favor não façam mais isso, se fizerem citem o autor e dissertem vocês mesmo sobre a idéia, pois tira toda a credibilidade do BLOG!Pois nós leva a pensar "E os demais textos será que são de autoria delas mesmo!?"
Aguardo Resposta.
Assinado "4 mãos e duas cabeças".