Uma mulher não é tão boa como uma concubina, uma concubina não é tão boa como uma amante e uma amante não é tão boa como um affair.”
“O homem não é infiel, apenas tem caprichos passageiros”…
Um destes dias uma amiga surpreendeu-me ao dizer que o marido a traía. O que é mau. Mas para piorar a traição acontecia com uma outra colega do grupo.
Fiquei abismada.
Primeiro porque não suspeitava que entre o círculo de amigos pudesse haver tal traição. Depois porque nunca me tinha apercebido que houvesse problemas no casamento de nove anos deles.
O certo é que ele conseguiu fazer a proeza de lhe dizer que não se tratava de uma traição. Imaginem… não era traição mas sim um capricho passageiro.
Será que se fosse o contrário era aceitável a desculpa de capricho passageiro? Não me parece.
Afinal o que querem os homens das mulheres, sim das oficiais.
Sendo ambíguo o conceito de «boa», tomá-lo-ei por mulher que ao macho apetece tirar da vertical e dela experimentar as delícias na horizontal.
Que é como quem diz, em qualquer posição.
Assim ele que aguente, porque se a prosápia masculina existe, quão longínqua está, as mais das vezes, do factual.
Evitemos beliscar-nos pelo insuficiente fascínio aos olhos dos nossos homens.
Eles estimam-nos como bastiões da retaguarda que os referencia, e, ao dizerem amar-nos enquanto inventam o desaguar das coxas da secretária, são leais.
As respectivas são amadas em doméstica quietude com ardor diminuído pelo hábito e legitimidade.
As outras prometem viagem de circum-navegação.
Oceanos de emoções. Marés altaneiras. Mar-chão e neblina incómoda se for cometido o erro da regularidade.
A andança em círculo, tão prezada por tantos, esquece o fundamental – o cansaço das legítimas. Família, casa, profissão, interlúdios com amigas, profissão, casa, família e companheiro desligado do caldo rotineiro dão fartança:
De homens em primeiro lugar.
De falta de amor-romântico.
De insuficiência de sexo vulcânico – o da camisa para cima e pijama para baixo conhecem bem demais.
Germina o afastamento do marido-vegetal.
E, sem que a idade iniba a decisão, o divórcio anuncia (re) começos.
Afinal, quantos de nós desejam ou aceitam vidas de pasmaceira, para não usar um outro vocábulo.
E depois há o apimentar da relação… há quem lhe chame - adultério
No entanto, do ponto de vista puramente psicológico, torna-se sem dúvida mais grave o adultério da mulher.
Quase sempre, a infidelidade no homem é fruto de capricho passageiro ou de um desejo momentâneo.
O seu deslize não afecta de modo algum o amor pela mulher.
O adultério da mulher, ao revés, vem demonstrar que se acham definitivamente rotos os laços afectivos que a prendiam ao marido e irremediavelmente comprometida a estabelecida estabilidade do lar.
Para o homem uma ligação passageira não tem significado sentimental ao passo que para mulher tem.
Além disso, os filhos do adultério que a mulher venha a ter ficarão necessariamente ao cargo do marido, o que agrava a IMORALIDADE, enquanto os dos maridos com a amante jamais estarão sob os cuidados da esposa.
Por outras palavras, o adultério da mulher transfere para o marido o encargo de alimentar prole alheia, ao passo que não terá essa consequência o adultério do marido.
Por isso, a sociedade encara de modo mais severo o adultério da primeira
CONCLUSÃO: O homem não é infiel, apenas tem "caprichos passageiros".
Será preciso dizer mais??!!!